Arquivo | agosto, 2008

Feira de Doação de Cães

27 ago

Luisa Mell (quem?) apresentava o programa Latte Show desde 2002. Inicialmente o programa tratava apenas do mundo animal mostrando curiosidades, denúncias envolvendo maus-tratos com animais, etc. Aos poucos, passou a abordar temas como turismo e meio ambiente. Subitamente, o programa foi cancelado esse mês.

Acho que vi esse programa apenas uma vez, pois não sou muito fã de TV. Mas, pelo pouco que li sobre, fiquei triste com o fim do programa: ajudava cachorros abandonados (e quem faz isso, a meu ver, merece o céu). Segundo boatos, o programa acabou por ciúmes da esposa do dono da Rede TV (se havia ou não razão para tanto, não sei e nem me interessa, só sei que os animais abandonados saíram prejudicados nessa história toda).

A apresentadora convocou um encontro com jornalistas para falar sobre o fim de seu programa e para promover uma feira de doação de cachorros. Há 100 animais sem dono, que foram salvos durante gravações do Late Show. Ela pretende atrair pessoas que queiram cuidar dos bichos abandonados, que sofreram maus tratos na rua, no evento que acontece dia 30 de agosto, a partir das 9h no Pet Center Marginal. O endereço é av. Presidente Castelo Branco, 1795, São Paulo.

Divulgue a feira de doação! Incentive a adoção de animais abandonados!

Conheça também o abrigo da UIPA (União Internacional Protetora dos Animais): são 1500 animais à espera de uma adoção!

Meu Findi

26 ago

Meu final-de-semana foi agitadíssimo (exceto domingo, que dormi o dia todo pra compensar!).

Sexta fui a um dos restaurantes participantes do Restaurante Week. Por indicação da minha amiga Sammia, fui conhecer o Le Petit Trou. Adorei o lugar, o atendimento e a comida! Mas sabe como é, né? Pobre quando come melado se lambuza. Pois é. Estava com meu marido e com o Trotta e a Fefa. Pedimos entradas, pratos e sobremesas diferentes e, literalmente, rodamos os pratos: pra experimentar tudo né? Sei lá quando voltaremos lá outra vez… Foi divertidíssimo! Isso sem contar as gafes… E sem contar que a Pitty e NXZero estavam jantando lá também (e que o Trotta não tirou os olhos da menina).

Sábado, depois de passar a manhã trabalhando, fui ao BlogCampLuluzinha!

Foi minha primeira experiência em encontros desse porte. Debates sobre moda, cabelos, blogs, ecologia, pets abandonados (o que adorei!)… tinha até manicure para as moçoilas que quisessem fazer as unhas! Gostei do início, desanimei no meio, re-esquentei no final! Pra terminar, quatro homens (bunitos!) de coleira e blusa rosa serviram champagne para nós! E a mulherada aproveitou pra tirar foto segurando-os pela coleira! Vários papos e trocas de links depois (e compras não tão perdulárias assim – comprei sabonetes-feed da Srta. Bia), marido foi me buscar.

Fim de dia? Que nada! Fomos diretamente à casa do Trotta (que está um luxo!) comer fondue (o nosso – leia-se meu, do marido, da Fefa e do Trotta – tradicionalíssimo fondue anual, que está em sua segunda edição mas já virou tradição)!! Yeah! De queijo com pão italiano da Basilicata (padaria italianérrima do Bixiga) e batata bolinha (fica bommmmm); e de chocolate com morango, laranja, banana e uva (uma pena que conseguimos estragar o chocolate – misturamos creme de leite e ficou uma nhaca – mas, a uva, em compensação… nham nham).

À meia-noite eu estava um bagaço humano e dormi no sofá do Trotta (só não pedi a cama emprestada não sei por quê) e acordei às 2 e tanto da manhã, com o Rodrigo jogando Wii.

A programação de domingo seria ótima também, mas não aguentei… Acho que estou ficando velha! Que horror!

Vídeos animais

18 ago

Eu adoro os animais_ e, principalmente, os cachorros! (Coisa que qualquer pessoa que dê uma passeada superficial pelo blog vai perceber).

Vou postar aqui dois vídeos, que gosto muito.

O primeiro, eu já postei no outro blog, mas vou colocar aqui também, porque adorei! É uma campanha para doação de órgãos da Santa Casa.

O segundo, nos convida a refletir sobre o relacionamento entre pais e filhos.

É como eu digo: os animais são mais humanos do que os seres humanos.

50 anos de Bossa

13 ago

Houve uma época (que não foi a minha e nem a sua, provavelmente) em que a música brasileira era dramática, com cantores que se esgoelavam para falar de amores trágicos. Nas décadas de 30 e 40, compositores como Noel Rosa e Dorival Caymmi, cantores como Orlando Silva e Mario Reis e cantoras como Carmen Miranda e Aracy de Almeida trouxeram leveza à música brasileira e ajudaram a abrir caminho para toda uma geração de artistas a partir do fim dos anos 50.

Em agosto de 1958, há 50 anos, um baiano de Juazeiro, mais conhecido como João Gilberto, lançava um disquinho de 78 rpm com as músicas Chega de Saudade (lado A) e Bim Bom (lado B). Foi o início da bossa nova.

A bossa é leveza: nos acordes, nas letras… praticada por João Gilberto, Tom Jobim, João Donato, Vinicius de Moraes, Carlos Lyra e tantos. Veja os versos de Minha Namorada, de Carlos Lyra e Vinícius (poema que o marido me deu na época de namoro e nem se lembra disso_ e pensar que dormi abraçada ao poema tantas noites pensando nele…): é leve, olha pra frente.

A bossa nova, junto com outros movimentos em outras partes do mundo, é contemporânea dos primórdios daquela mistura de ritmos negros que desaguaria no rock e da nova forma, mais solta, de se fazer cinema dos jovens cineastas franceses da nouvelle vague. As crianças que cresceram durante a Segunda Guerra enxergavam um novo horizonte à frente, longe das privações, dos tempos sombrios, dos gestos heróicos e das despedidas para sempre.

Ao romper com o dramalhão e o bolero, com o melodrama das paixões, ao ir para a beira da praia (em vez de se enfurnar em buracos do velho Centro) e ao se recusar a cair na fossa como a geração de seus pais, os moços da bossa nova buscavam na estética aquilo que já viviam no cotidiano: uma maneira mais delicada de tocar a vida, em que os amores não precisavam ser eternos, as amizades ajudavam a fermentar ainda mais a turma, a vida merecia ser celebrada a cada momento, sem desespero nem afobação.

Chico Buarque, que de certa forma é filho da bossa, pois foi escutando Chega de Saudade que ele decidiu ser artista popular, sem falar que iria ser parceiro de Tom e Vinicius (e por um período cunhado de João Gilberto!), tem uma parceria com Cristóvão Bastos intitulada Todo Sentimento. Na letra, a certa altura ele fala num tempo da delicadeza, algo que só pode ser compreendido a partir de quem se nutriu das canções bossanovistas.

Claro que, em matéria de alegria desmesurada, de deboche genial, de graça malandra não há quem ganhe do samba de Noel Rosa, Lamartine Babo, Martinho da Vila e Zeca Pagodinho, só para citar alguns bambambãs de várias gerações. Sem falar que, sem a lição do samba, neca de bossa nova. Mas ela cristalizou (fixou para sempre) a alegria não só nas letras e melodias, mas no próprio ambiente em que os músicos passaram a circular.

Um viva à Bossa!

Baseado no artigo de Leandro Sarmatz, para a Revista Vida Simples.

Aleitamento Materno e Fonoaudiologia

6 ago

O que é mais adequado para um bebê quanto à necessidade de nutrientes como água, gordura, proteínas e vitaminas? O que fornece anticorpos para proteger os bebês de diversas doenças? O que dá imunidade para a criança, prevenindo-a de diarréia, otite, pneumonia e alergias? E ainda está interligado com seu desenvolvimento crânio-facial? O que aproxima o bebê da mãe, ao fortalecer a união familiar e desenvolver aspectos emocionais? O que traz alegria, tranqüilidade e interatividade para a criança? E também proporciona melhoras no desenvolvimento psicológico, de aprendizado e acuidade visual do bebê?

A resposta é idêntica para todas as questões: aleitamento materno, aponta a fonoaudióloga Lilian Cristina Crotrim. “No entanto, apesar dos inúmeros benefícios, muitas mães não possuem informações claras sobre amamentação. A nutrição adequada nos primeiros anos de vida previne doenças e possibilita tanto o crescimento físico como o mental adequados. Para as mães, a regressão do útero é mais rápida, previne câncer de ovário, útero e mamas e diminui o risco de hemorragia e de anemia pós-parto”.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) estima que o aleitamento materno exclusivo e até o sexto mês de vida pode evitar, por ano, 1,3 milhão de mortes de crianças com menos de cinco anos em todo o mundo.

“O aleitamento fornece nutrientes, calor e carinho essenciais na primeira hora pós-parto”, defende Lilian. “Isso acaba sendo o diferencial. A observação da pega e sucção do recém-nascido nesta primeira hora poderá resultar na detecção precoce de problemas, os quais poderão acarretar um aleitamento materno inadequado”.

A atuação fonoaudiológica se dá também no apoio à população, com a transmissão de informações acessíveis para resolver seus problemas, prevenir e tratar as eventuais intercorrências da lactação. “Começa pela atuação em bancos de leite, para favorecer a estocagem e a substituição de leite a bebês com mães ausentes ou sem possibilidades de amamentar; auxílio, nos consultórios, de pega e avaliação de sucção do recém-nascido para efetivar o aleitamento materno; estudos de alternativas de alimentação e ações terapêuticas para promover qualidade de vida (como o método Mãe Canguru); orientações focais quando identificada a dificuldade na amamentação; e acompanhamento do aleitamento materno nas diferentes faixas etárias de zero a dois anos em ambulatórios de amamentação”.

Em uma perspectiva de saúde coletiva, a fonoaudióloga Luciana Wolff Garcez ainda nota muita falta de informação sobre a importância do aleitamento materno. “Faltam ações de impacto, de promoção… As mães até ouvem que é importante amamentar, mas não têm conhecimento real das razões, da verdadeira necessidade e importância. Isso se aplica principalmente ao Aleitamento Materno Exclusivo (AME), que não é tão valorizado. Fico impressionada com a quantidade de mães que ainda oferecem leites artificiais ou chás nos primeiros meses, pela crença de que seu leite não é suficiente. Se houvesse atenção maior durante o pré-natal, talvez essas mães tivessem suas dúvidas esclarecidas e, sobretudo, teriam maior consciência sobre a importância de amamentar”.

Post baseado em entrevista publicada na Revista de Fonoaudiologia.

Um vômito

4 ago

Se este post tivesse sido escrito há algumas horas, ele teria outra cara. Muito, muito pior. E down. Porque eu iria contar como o meu domingo foi péssimo! Sem dó e nem piedade de como vocês ficariam após lê-lo. Se ficariam se remoendo como eu fiquei o dia todo. Eu queria pôr pra fora mesmo enquanto a história não tivesse um desfecho. Talvez alguém lá de cima tenha ficado com dó de vocês e mexeu seus palitinhos. Porquê de mim, ninguém teve dó, até há algumas horas.

(…)

Estava eu, comendo meu pastel na feira em frente de casa, ao meio dia aproximadamente. O Manso também estava lá, comendo restos de pastel e balançando seu rabinho feliz e contente. De manhã, ele já tinha brincando muito com a Lilo, e como havia chovido de madrugada, os dois estavam parecendo porquinhos!

De repente, um cachorro maior correu atrás dele e ele se desnorteou um pouco e resolveu sair correndo da feira e ir para a praça, onde ele mora. Havia uma rua no meio do caminho. E um carro descendo a rua em disparada. Uma freada brusca. Uma batida fenomenal. Imaginei que nunca mais a Lilo brincaria com seu amigo. Que eu nunca mais levaria água e ração para ele. Que nunca mais veria ele na praça onde levo a Lilo todos os dias, duas vezes por dia. Ouço um choro de cachorro. E vejo o Manso correr em disparada de volta. Desnorteado, chorando, correndo insanamente. Um cara do meu lado, que também conhecia o Manso saiu correndo atrás. E mais outro com um carro. Mas o danado correu e sumiu.

O carro que o atropelou? Nem sinal. Nem nada. Um covarde ao volante.

Deixei as compras da feira em casa e fui para a praça saber notícias. O cara de carro ainda estava procurando-o. Voltei para casa.

Passei a tarde revendo a cena, com o coração apertado. Chorando, atônita. Lembrando do quanto ele estava feliz e bem. Voltei lá na praça às três e meia da tarde. O cara do carro não tinha achado o cachorro. Nem a senhora que me dava notícias, que também ajudou na busca.

Mais um pouco de sofrimento. Tristeza. Eu e o Rô saímos à procura dele, de carro. Nem sinal.

Às oito horas da noite saí para passear com a Lilo na praça, levando água. “Para quê a água?”_ me perguntou Rodrigo. “Para, caso o Manso apareça, ela tenha o que beber.”

Na praça, tomei outro caminho com medo de olhar para a casinha vazia do Manso. Quem veio ao meu encontro? Ele. Não acreditei. Quase ajoelhei e agradeci aos céus. Abracei-o, apalpei-o para ver se não tinha nada quebrado, e depois dei uns tapas na bunda dele e chamei-o de feladaputa por não ter olhado antes de atravessar. Ele estava assustado e carente, até pediu carinho ao Rodrigo, que nunca morreu de amores por ele. Também estava mancando da perna esquerda e com a direita ralada da queda. Animou-se e até brincou um pouco com a Lilo, devagar. Sem balançar o rabo.

Vim para casa um pouco melhor. Gostaria de ter dinheiro para levá-lo a um veterinário, só para ter certeza de que ele está bem. Vou conversar com o cara que mais cuida dele na praça e ver o que ele vai fazer. Gostaria que ele tivesse um dono. Uma coleira com um telefone para que pudessem ligar caso ele se perca.

(…)

Ficou mal? Pois faça o favor de não trânsitar pelas ruas em alta velocidade. Faça o favor de parar para prestar socorro quando atropelar um animal ou uma pessoa. Faça o favor de não abandonar seu animal. Cuide de quem você ama e de quem te ama.

“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”