Update: novas fotos do casório aqui!
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Para quem não sabe, eu e o Rô moramos juntos há quase cinco anos, e namoramos há quase dez. Ficamos noivos em… em… no Natal de… quando foi mesmo, Fefa? Registra o ano aqui, que assim eu não esqueço mais! 😀 Pelo Rô, já teríamos nos casado há tempos, mas eu sempre o enrolei (sim, o contrário do que normalmente acontece, eu sei que não sou normal!). Mas, enfim, concordei em marcar a data; mas, para o pânico do Rô, avisei que casaria de tênis, igual Julia Roberts em Noiva em Fuga!
A semana do casório foi tranqüila, ao menos pra mim. Quarta foi dia de prova na facul, para a qual não estudei, como de costume, mas fiquei na média. Todos da sala comentando que eu estava muito calma para quem iria se casar no sábado. Passei a tarde e a noite em casa. Arrumei as malas da Lilo, do Rô e minha. Deixei tudo o que era para o Rô colocar no carro no quarto de visitas. E deixei um bilhetinho com lembretes sobre coisas da Lilo, que não poderiam ser esquecidas (remédio, comida e caminha).
Quinta de manhã (não tão de manhã quanto havia planejado), o Rô me deixou na rodoviária Tietê e consegui pegar o ônibus para Poços às 10:30h_ fui antes dele, pois iria experimentar o vestido à tarde e fazer um teste no cabeleireiro. Motorista a 10 km/h, cheguei em Poços meia hora após o previsto (foram quase 4:30h de viagem!).
Antes de ir para casa, passei na casa da minha sogra para pegar a aliança nova do Rô para levar, juntamente com a minha, para gravar a data (a minha também precisava dar uma polida e uma ajustada no tamanho).
[Off: para quem não sabe, há um bom tempo, o Rô perdeu sua aliança; estava andando de moto e a aliança caiu (Ê discurpinha furada!).]
Fui para a casa do meu pai, almocei e fui aos afazeres: levei as alianças à joalheria (ficaram prontas na hora), fui à cabeleireira e experimentei o vestido. Ufa! Enfim em casa! O Rô iria chegar logo mais à noite com a Lilo e os amigos Fefa e Trotta; então, era só esperar.
Só esperar que nada! Tinha uma montanha de presentes me esperando (isso porque meu pai não quis dizer para seus amigos que nós queríamos dimdim de presente, para viajar de lua-de-mel). Alguns presentes foram legais, outros nem tanto (até a Divina, ex-doméstica lá de casa, que cuidou de mim e de minhas irmãs quando éramos pequerruchas e estava ajudando minha madrasta com os preparativos do casório, até ela ganhou uns presentes de mim_ coisas que ela usaria muito mais que eu, e ela ficou tão feliz que me comoveu).
Ligo para o Rodrigo às 19h, ele está buscando o Trotta no metrô e vai esperar a Fefa em casa. Ligo às 21h: Fefa já chegou em casa, mas eles ainda não vão sair de viagem porque decidiram pedir algo para comer (e eu pensando “Mas por quê não comer algo nas paradas legais da Bandeirantes??”). Ligo às 23h, querendo saber se já estão chegando; ouço o Rô me dizer que a comida havia demorado para chegar e estão na Marginal, saindo de São Paulo (quase tive um treco, um colapso nervoso e pensei “Grrrrr…. mas por quê não deixaram para comer algo na estrada??”). Não conseguindo mais esperar acordada, pois estava muito cansada, deitei no sofá e dormi. Eles chegaram tarde, sei lá que horas… umas duas da manhã. Bom, pelo menos chegaram!
Falo “oi” para todos, ganho dois quibes da Fefa (recheados com mussarela, comprados em uma das paradas) e peço ao Rô que me dê as coisas da Lilo, minha mala e os noivinhos. “Esqueci”. “O quêêêê???? Esqueceu minha mala???” “Não, os noivinhos.” Tristeza, profunda, se apoderou de mim no instante. P#%ra, havia encomendado um casal de noivinhos lindos, planejava isso desde o início do ano, e ele esqueceu em São Paulo… (Suspiro…). Anyway… Finalmente, fui dormir.
Na sexta, estava programado um almoço lá em casa, com padrinhos e parentes próximos: foram umas 60 pessoas!!! Isso porque faltaram algumas!! Parentes de São Paulo (por parte de pai), de Machado (por parte de mãe e madrasta) e de Poços mesmo (por parte do Rô), padrinhos e amigos. Me sentia uma barata tonta no meio de tanta gente; não sabia o que fazer. E a Lilo então!! Ficou perdida!
O almoço foi bem gostoso! Depois teve um bolo (sem noivinhos 😦 ), com recheios de brigadeiro e creme branco com nozes_ muito saboroso. Tiramos fotos cortando o bolo, fizemos pedidos e brindamos com guaraná em taça de champanhe. Também tinha um bombom gostoso, embrulhado dentro de rosas de tecido. As pessoas foram embora aos poucos.
Depois de tudo, eu, Rô, Lilo, Fefa e Trotta fizemos um tour expresso por alguns pontos turísticos de Poços: Cristo Redentor, relógio floral, calendário floral, praça central, Café Concerto… Eu e Lilo voltamos para a casa do meu pai; Rô, Fefa e Trotta, para a casa dos avós do Rô.
Sábado acordei cedo e fui passear com a Lilo. Depois fui à manicure e a um dos cabeleireiros do dia (para fazer escova). Pouco depois, fui ao outro cabeleireiro, que enrolou meu cabelo com papel alumínio e me deixou ir para casa de touquinha (que figura!). Almocei. Falei com o Rô. Arrumei na bolsa coisas que não poderia esquecer: alianças, brincos, roupa para o dia seguinte… E voltei ao cabeleireiro anterior, para tirar o alumínio e fazer o penteado e a maquiagem. Ficou tudo lindo!_ exceto o batom, pois nenhuma maquiadora sabe passar o batom em mim como eu gosto, mas eu retoquei e deixei do meu gosto!!
Do salão direto para a loja de aluguel de vestidos de noiva. Estava cedo, então fiz palavra cruzada pra passar o tempo. As daminhas e o pajem chegaram e se trocaram. O motorista também. Chegou a hora de me trocar.
Tudo pronto, partirmos para a igreja. A missa do horário anterior estava acabando, algumas pessoas estavam saindo. Depois de um tempo, pessoas chegavam arrumadas: a hora do casamento se aproximava! A chuva começa a cair (óbvio que ia chover: eu estava casando!!!). Vejo um homem cabeludo chegar com uma loira debaixo de um guarda-chuva: era meu noivo e a Fefa chegando, passaram do meu lado e não me viram!! 😀
Fiquei um pouco preocupada, pois não encontrava nem minha madrasta nem a mestre de cerimônias. Tudo ficou melhor quando elas apareceram.
O motorista ajeitou o carro na entrada da igreja e é claro que as pessoas perceberam que a noiva estava lá dentro!! Algumas acenadinhas de mão e era chegada a hora de tudo começar. De dentro do carro, ouço uma música de Oswaldo Montenegro, selecionada para a entrada do noivo, e sinto um frio na barriga: está realmente começando! Depois os padrinhos entram, enfileirados. Pais, daminhas e pajem.
A porta se fecha. Saio do carro e me ajeito para entrar. O violinista vem ao encontro da porta, que se abre e eu, então, apareço. De braços dados com meu pai, entro ao som da marcha nupcial, sorrindo ao ver rostos conhecidos entre os convidados (o que a miopia me permitia ver): parentes, super-amigas da facul, amigos de velhos tempos… Passei do meu pai para o Rodrigo e terminamos de caminhar até o altar.
A cerimônia começa (o casamento foi religioso com efeito civil). Quando olho para o Rodrigo, ele está com o rosto encharcado de lágrimas, com bico e tudo! O que eu faço? Caio na risada! Até o frei brinca, dizendo “hoje ele pode chorar”.
Me emocionei nos dois momentos em que tinha que repetir as falas do frei. Na primeira, a voz embargou e uma lágrima desceu; na segunda, segurei a onda_ como dizer as coisas é difícil pra mim! :S
Assinamos os papéis, os padrinhos também. Cumprimentamos os padrinhos, tiramos fotos. E saímos da igreja (pois haveria outro casamento em seguida). Na lateral da igreja, recebemos os cumprimentos dos dez mil quinhentos e vinte e sete convidados (a fila não acabava nunca e meus pés estavam me matando).
De lá, fomos à Pizzaria La Piu Bella comemorar (de carro todo enfeitado com latinhas e papel higiênico). Tinha reservado 30 lugares, mas chegaram 60 pessoas e deixamos os garçons loucos! Mas deu tudo certo!
Eu e Rô fomos a um hotel, no qual fizemos a coisa mais óbvia que se faz após um dia cansativo de casamento: dormir. Sim, dormimos, pois teríamos que acordar cedo no domingo para ir ao batizado da Sophia, filha de dois amigos-padrinhos de casório nossos e afilhada do Rodrigo.
Estava um bagaço no domingo. Quase dormi no curso para padrinhos de batizado que assistimos. Já o batizado foi bem, a Sophia estava linda! O Rô me deixou em casa, vi a Lilo (que adorou meu tio Ronaldo, irmão do meu pai, que estava sempre brincando com ela) e o pessoal. Almocei na casa dos avós do Rodrigo, com a família reunida como todo domingo. À tarde, fiz as malas e me despedi de todos. Voltei para Sampa. Agora, uma mulher casada, oficialmente.
PS: Tenho que dizer uma coisa: Havia prometido ao Rô que casaria de tênis, para poder fugir da igreja na hora do “sim”. A Fefa me disse que, caso eu casasse realmente de tênis, ela iria de vestido rosa. Como não consegui avisá-la com antecedência, ela não levou o vestido rosa para Poços. Então, não teria mais graça casar de tênis, né? :p